O pagamento de auxílio-alimentação para magistrados do Rio Grande do Sul é criticado por representantes de outras categorias com remuneração mais baixa. Na sexta-feira, um ato do presidente do Tribunal de Justiça (TJ), José Aquino Flôres de Camargo, garantiu benefício de R$ 799 por mês a juízes e desembargadores, além de valores retroativos aos últimos quatro anos, cifra que chega a R$ 38 mil para cada magistrado.
Helenir Schürer, presidente Cpers, se diz “atônita” com atitude dos TJ e critica a falta de sensibilidade dos magistrados em período de crise nas finanças. Como o orçamento deste ano não comporta o pagamento dos atrasados de uma vez só, o TJ decidiu pagar na folha de junho apenas os atrasados de 2015. Ou seja, R$ 4.794 a mais no próximo contracheque. A partir de julho, os R$ 799 entrarão na remuneração mensal, que já tem incorporados R$ 4,3 mil de auxílio-moradia.
O custo anual do Auxílio-Alimentação no Judiciário é de R$ 7,5 milhões. Aparicio Costa Santellano, presidente de Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar considera o benefício uma “piada”. Presidente do Sindicato dos Técnicos-Científicos (Sintergs), Joanes Machado da Rosa, considera o benefício um privilégio “espantoso” para aqueles que já recebem os melhores salários do Estado.