Servidores da segurança pública confirmam boicote às operações de verão

belmonte-1019234Policias civis e militares e bombeiros serão orientados a não se inscrever.
Ato é em protesto contra o parcelamento dos salários do funcionalismo.

Policiais civis e militares vão boicotar as operações de segurança feitas durante o verão no litoral do Rio Grande do Sul em protesto contra o parcelamento dos salários dos servidores públicos, que deve ser confirmado pelo governo do estado na segunda-feira (31).

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) em entrevista coletiva no Sindicato dos Servidores, Inspetores e Investigadores de Polícia (Urgeirm), em Porto Alegre. Também participaram representantes da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Associação dos Bombeiros (Abergs), e Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs).

Segundo o presidente da Urgeirm, Isaac Ortiz, os servidores da segurança serão orientados e não se inscreverem para participar das operações. O argumento é de que, com o atraso nos salários, os servidores não terão condições de se manter nas praias, já que as diárias, de cerca de R$ 120 para hospedagem e alimentação, também costumam atrasar.

“Nós vamos orientar a todos os nossos colegas policiais civis que não se inscrevam para a operação veraneio, visto que as diárias provavelmente não serão pagas”, disse Ortiz.

A Operação Golfinho, que envolve a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros, e a Operação Verão, que conta os policiais civis, desloca parte do efetivo das forças de segurança para o litoral gaúcho, acompanhando o deslocamento dos veranistas para as praias.

Como os servidores não devem se inscrever para as operações, o governo pode convocar os policiais. A Abamf, no entanto, diz que a lei obriga que o pagamento de diárias seja antecipado. Caso isso ocorra, a associação diz que vai entrar com ação na Justiça.

G1 RS

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