Servidores dizem que greve vai “sair do controle” se pagamento for de R$ 500

Agentes da Polícia Civil estão entre os servidores que aderiram à greve de três dias Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Agentes da Polícia Civil estão entre os servidores que aderiram à greve de três dias
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Governo estadual não confirma se haverá parcelamento do pagamento dos salários do funcionalismo, mas admite que as contas estão “piores”

Ainda é conversa de bastidor, mas a possibilidade de que no próximo dia 31, data de pagamento da folha salarial de agosto do Estado, os servidores recebem, no máximo, R$ 500 põe em alerta o funcionalismo.

— A indignação já é muito grande, se isso realmente acontecer, vai haver, seguramente, um descontrole. Não dá nem para imaginar o tom dos servidores em todo o Estado — adianta o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud.

Caso não recebem o salário integral, 43 categorias de servidores entrarão em greve por quatro dias, entre 31 de agosto e 3 de setembro. No entanto, se o valor for ainda mais baixo do que o pago em julho, de R$ 2.150, a indignação deve se intensificar.

— R$ 500? É menos de um salário mínimo (atualmente de R$ 788) para as pessoas, para as famílias. Vamos esperar a confirmação e tomar providências — afirma Isaac Delivan Lopes Ortiz, presidente do Ugeirm.

Além de ampliar a paralisação, as entidades prometem acionar a Justiça e realizar outras ações que serão votadas em assembleia.

Vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho destaca a mobilização conjunta e inédita das mais de 40 categorias sindicais. Na próxima segunda-feira, os representantes do chamado Movimento Unificado se reúnem na Capital, às 14h, para discutir os rumos da mobilização.

— Voltamos na segunda ao trabalho, mas permanecemos em estado de alerta, dialogando com a sociedade e explicando que não se trata apenas do nosso salário, mas que todos estão perdendo com o sucateamento do serviço público e desvalorização de setores prioritários como educação, segurança e saúde — conclui Solange.

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