Delegado Guilherme Wondracek foi informado sobre exoneração do cargo nesta quarta-feira. Substituto será Emerson Wendt
Tanto a Associação dos Delegados de Polícia (Asdep) quanto o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia Civil (Ugeirm) afirmaram não ver motivos para a saída do delegado Guilherme Wondracek da chefia da Polícia Civil do Estado. Mas, apesar de lamentarem a exoneração, as entidades destacaram que vão apoiar seu substituto, delegado Emerson Wendt, atual diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).
O principal desafio que ele terá que enfrentar, na visão dos presidentes das entidades, será a falta de investimentos na Polícia Civil, principalmente com relação a recursos humanos. Esta foi também uma das queixas de Wondracek após deixar o cargo.
Para o presidente do Ugeirm, Isaac Ortiz, a Polícia Civil vinha tendo um grande trabalho sob o comando de Wondracek.
— Tivemos um bom relacionamento com ele durante todo o tempo. Ele fez milagres na segurança pública, tendo investimento zero. Nós entendemos que não adianta trocar o chefe de policia, que o que precisa mudar é a política de segurança do governo, onde não há recursos disponíveis.
Sobre Wendt, o presidente do Ugeirm afirmou que é um delegado de conduta ilibada e que não há questionamentos sobre a sua postura.
— Ele fez um excelente trabalho no Denarc, mas não vai conseguir conter a criminalidade se não houver investimento. A política de segurança do atual governo é um desastre.
A presidente da Asdep, delegada Nadine Anflor, afirmou que a entidade respeita a decisão da Secretaria de Segurança Pública e vai apoiar o novo chefe da Polícia Civil.
— O Wondracek fez um grande trabalho, não víamos motivo para que saísse imediatamente. Achamos que o Wendt é um bom nome, mas ele terá os mesmos desafios, com falta de estrutura e investimentos, a menos que a mudança já venha com um respaldo maior do governo. Sem recurso ele não vai fazer milagre.
ZERO HORA