A falta de um reajuste efetivo nos honorários dos médicos credenciados junto ao plano de saúde IPE, um dos mais conceituados e até poucos anos o mais cobiçado pela população, poderá causar um desmonte estrutural, segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul-SIMERS.
O problema está no fato de que muitos profissionais estão deixando o sistema, por verem aumentar a arrecadação, mas seus pagamentos congelados.A situação motivou uma discussão em assembleia geral na noite de ontem (19), em Passo Fundo. O encontro aconteceu no Centro Clínico Crediplan e contou com a presença de médicos associados.
Em entrevista na Uirapuru, o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul-SIMERS, Jorge Eltz, explicou que a saúde gaúcha está em colapso, mas os hospitais estão recebendo reajustes de custos, o que não acontece com os médicos do IPE.
Hoje cada profissional recebe, do convênio, cerca de R$47 por consulta, o que não cobre os custos e o médico paga para atender os conveniados.
O que as assembleias querem é discutir com os médicos associados alternativas para pressionar o órgão a reajustar estes repasses.Jorge afirma que o SIMERS não quer a interrupção dos atendimentos, mas isso será decidido durante as assembleias com os médicos, realizadas nas cidades polo em saúde do Estado ao longo dos próximos dias.
A interrupção nos atendimentos e o descredenciamento dos médicos é uma possibilidade real, afirma o presidente.
Rádio Uirapuru