Familiares de policiais chegaram em frente ao BOE e ao quartel do 1º RPMon por volta das 4h
Familiares de policiais militares que estão em frente ao 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) e em frente ao 2º Batalhão de Operações Especiais (BOE) impediram a saída de alguns policiais para patrulhamento do Desfile da Pátria, na manhã desta segunda-feira em Santa Maria.
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Os manifestantes ficaram em frente aos quartéis desde as 4h da manhã. Um grupo do Pelotão de Operações Especiais (POE) chegou a sair por volta das 7h15min, pelos fundos do quartel. Um outro grupo de policiais também tentou sair pelos fundos, mas foi cercado pelos manifestantes por cerca de 20 minutos. Depois do bloqueio, os policiais foram orientados a retornar ao quartel e foram aplaudidos pelos manifestantes.
Uma policial chegou a passar mal e desmaiar durante o bloqueio. Colegas se abraçaram, emocionalmente abaladas com a situação. Familiares acompanharam os policiais até o hospital da Brigada.
– Assim que o Governador pagar os salários, deixamos o protesto. É só o que a gente quer. Também não queríamos estar aqui, no frio, mas é pela dignidade deles – disse Fabiane Taschetto, esposa de um PM, que está desde as 4h na frente do quarte com a filha, Kauane, de 4 anos.
Segundo o comandante do 1º RPMon, tenente-coronel Gedeon Pinto da Silva, o efetivo previsto para o policiamento foi para as ruas. Cerca de 50 policiais do 1º RPMon fizeram o policiamento, e cerca de 20 ficaram no quartel.
– Meu pelotão de operações especiais previsto para o patrulhamento do desfile saiu, os demais permaneceram no quartel, com a pressão dos familiares. Quem ficou no quartel se dirigiu ao hospital, em função do estado psicológico. Mas em princípio tudo está correndo dentro do previsto.
O comandante ainda informou que uma tropa reserva está no quartel caso aconteça algum problema grave.
– Se der algum problema de ordem grave, os policiais terão de se dirigir ao atendimento, se não, é omissão e os manifestantes não podem impedir – disse o comandante.
ZERO HORA