Impacto dos aumentos concedidos pelo governo de Tarso Genro podem impactar folha do funcionalismo em R$ 400 milhões
A possibilidade de o governo de José Ivo Sartori adiar ou reagendar os reajustes previstos pela gestão de Tarso Genro para o funcionalismo público estadual é vista com cautela pelos delegados de polícia. Já para os professores, a ameaça pode resultar em greve.
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar, sustenta que uma das propostas do governo para garantir os aumentos que Tarso concedeu envolve uma alteração no plano de carreira da categoria. “Se o governo tentar fazer isso é o fim do diálogo, o Estado rompe com qualquer tipo de negociação. Isso é chamar para a guerra e estamos dispostos a um enfrentamento e tensionamento maior, até com o risco de uma greve da categoria”, ameaçou. O Cpers já exige um aumento de 13%, que de acordo com a categoria, deixou de ser concedido em janeiro, além de mais 34%, referentes ao aumento da gestão anterior.
Já o presidente da Asdep, Wilson Muller, trata o tema com cautela dizendo que, por enquanto, só existem suposições. Ele garante que reações mais fortes só serão adotadas se o cenário se tornar realidade. “Estamos falando em possibilidades, até agora é apenas um fato suposto. Agora é claro que esse tipo de ameaça, de adiar reajustes, não nos agrada”, enfatizou.
Com uma folha pessoal de R$ 1,8 bilhão, ao mês, os aumentos prometidos até o final do ano devem gerar impacto de R$ 400 milhões, elevando os custos para 2,2 bilhões.
Na Secretaria da Fazenda, a informação é de que alternativas são estudadas para evitar o protelamento dos reajustes. O estado que, até agora evitou falar em aumento de impostos, já não trata mais esta medida como uma iniciativa distante.