‘Votaram escondidos’, disse presidente do Cpers, sobre sessão que aprovou hoje à tarde previdência complementar
Servidores estaduais prometem seguir acampados na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, por tempo indeterminado. Os protestos devem se intensificar após a votação do pacote de projetos enviado pelo governo estadual para a Assembleia Legislativa, que ocorreu hoje à tarde sem a presença de público nas galerias do plenário.
A partir de sexta-feira, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos, que reúne 44 entidades do funcionalismo, promete percorrer a base eleitoral de cada um dos 35 deputados que votaram a favor da Previdência Complementar a ser paga pelos futuros servidores que quiserem se aposentar com valores acima do teto. A primeira cidade a receber a iniciativa vai ser Uruguaiana, base do deputado Frederico Antunes (PP). Vamos denunciar, em todo o Estado, voto a voto, nome a nome daqueles que traíram o povo gaúcho. Não deixaremos que ninguém esqueça”, garantiu a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schurer.
A sindicalista explicou que a próxima assembleia unificada ocorre no dia 22, na Praça, para pressionar o Parlamento. Em razão dos bloqueios realizados nessa terça-feira, a votação de hoje ocorreu sem a presença de servidores. “Votaram escondidos”, disse Helenir sobre aprovação do projeto criando a RSPrev.
O deputado Deputado Mainardi (PT) criticou a decisão do presidente da Assembleia, Edson Brum, de impedir a entrada dos servidores na galeria. “A Casa do povo está sitiada pela Brigada Militar. Esse é o governo Sartori e a base”, afirmou. Desde a manhã desta quarta-feira, 250 homens Brigada Militar faziam a segurança no entorno da Praça da Matriz.
*Com informações do repórter Lucas Rivas