Principal função do extintor é apagar incêndios que estejam no caminho da tropa
Quando os últimos manifestantes corriam da cavalaria da Brigada Militar (BM), por volta das 16h de quinta-feira, desmanchando definitivamente o protesto contra a Copa do Mundo em Porto Alegre, um jovem apontou para a tropa do Batalhão de Operações Especiais (BOE) com certa surpresa e indignação:
— Olha lá, o que é aquilo? Os caras estão usando um lança-chamas?
Em meio aos policiais protegidos com escudos, um PM se destacava. Às costas, portava dois cilindros, menores mas parecidos com os de mergulho. Nas mãos, portava uma espécie de pistola. Só que não era um lança-chamas, e sim exatamente o contrário. Em vez de fazer fogo, acaba com ele. Trata-se de um equipamento novo do BOE, o extintor costal.
— Em 88 segundos ele apaga um carro em chamas — disse o capitão do BOE Euclídes Neto.
Nova aquisição da Brigada Militar pesa entre 24 e 25 quilos
Foto: Brigada Militar, Divulgação
A eficiência é que levou a BM a se interessar pelo extintor, produzido no Brasil. Sua principal função é apagar incêndios que estejam no caminho da tropa. Essa é a explicação por não ter sido usado para apagar o fogo no contêiner queimado na Avenida Borges de Medeiros, perto do cruzamento com a Avenida Ipiranga. O PM que porta o extintor não pode deixar a tropa e ir sozinho combater um foco de incêndio distante.
Para levar o equipamento é necessário ter certo preparo. Ele pesa entre 24 e 25 quilos. Também é preciso ter treinamento para apagar incêndios. Será reforço certo para as próximas manifestações.