Categorias podem se reunir na quarta-feira com o secretário da Segurança Pública
O governo Sartori não vai chamar dois mil aprovados no último concurso para a Brigada Militar. A informação foi confirmada pelo Comando Geral da corporação. Outro alerta é que também não vão ocorrer as 120 promoções previstas para 2015. As medidas fazem parte de um conjunto de ações da atual gestão para conter o gasto público.
A economia na área da segurança pública não é bem vista por representantes sindicais das polícias civil e militar. O presidente da Associação do Cabos e Soldados, Leonel Lucas, marcou uma agenda para amanhã com o comandante geral, Alfeu Freitas, para pedir a garantia das nomeações e o chamamento para os cursos preparatórios. “Mais de 80% dos aprovados já pediram demissão esperando pelo curso e estão sob o risco de começar o ano desempregados. Sem falar que a maioria do interior já gastou mais de R$ 2 mil com custos dos exames e de viagens para Porto Alegre”, queixou-se.
O líder da categoria sustenta que, inclusive, os nomes dos aprovados já foram publicados no Diário Oficial e, por isso, eles se sentiam seguros. Dentre os dois mil aprovados, 400 tinham previsão de compor o Corpo de Bombeiros.
A medida na BM acendeu a luz vermelha no sindicato da Polícia Civil, que considerou a não convocação de policias aprovados em concurso como um medida “fulminante” do atual governo. O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, já pediu uma audiência com o secretário da Segurança Pública para que sejam chamados 650 aprovados excedentes para a corporação. “Existe um artigo no decreto de Sartori que permite a excepcionalidade. Queremos tratar dessa situação, que é importante para incrementar a polícia e também para dar segurança à sociedade”, enfatizou.
Os policiais civis não temem cortes de salários por entenderem que a medida é inconstitucional, mas temem não haver promoções em 2015. A expectativa é de que na quarta-feira, policiais civis e militares se unam na tentativa de ter uma audiência na Secretaria da Segurança.