“Desencadeou revolta na Segurança Pública”, afirma presidente da Ugeirm sobre sanção de Sartori

Grupo pede nomeação dos 650 aprovados no último concurso da Polícia Civil. Foto: Gabriel Jacobsen
Grupo pede nomeação dos 650 aprovados no último concurso da Polícia Civil. Foto: Gabriel Jacobsen

Isaac Ortiz destaca que os 650 policiais que aguardam nomeação recebem R$ 1,5 mil durante os sete meses de treinamento

O presidente da Ugeirm/Sindicato, entidade que representa três categorias da Polícia Civil gaúcha, afirmou nessa manhã que a lei sancionada pelo governador José Ivo Sartori aumentando o próprio salário “desencadeou revolta na segurança pública” do Estado. Segundo Isaac Ortiz, existe incoerência na atitude de Sartori em afirmar que o Estado está quebrado, conter os gastos na segurança, saúde e educação e sancionar hoje a lei que reajusta os salários de governador, vice, deputados, secretários e integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

“Desencadeou uma revolta muito grande dentro da Segurança Pública essa sanção. Não tem dinheiro para nada nesse Estado, publica um decreto que corta serviços essenciais que não ia cortar como segurança, saúde e educação, e por outro lado abre as torneiras, liberou geral! Ou o Estado tem dinheiro ou não tem dinheiro. Não pode o governador querer sacrificar a população com falta de segurança, de saúde, de educação para privilegiar os grandes salários”, disparou Ortiz.

Segundo Ortiz, a sanção deve ampliar a mobilização da categoria que já realiza, desde o início desta semana, um protesto discreto em frente ao Palácio Piratini. Os manifestantes, que fazem parte do grupo dos aprovados no último concurso da Polícia Civil, pedem as nomeações imediatas. Ortiz lembrou que, nos primeiros sete meses de treinamento dos policiais na Acadepol, seus vencimentos são de R$ 1,4 mil por mês através de uma bolsa-auxílio. Os que são aprovados no treinamento terão salários, segundo Ortiz, na faixa de R$ 3,5 mil. O déficit, segundo o sindicato, chega a 40% do efetivo atualmente.

Fonte:Gabriel Jacobsen/Rádio Guaíba
Rolar para cima