Governo consultou sobre ajuda da Força Nacional em caso de greve da segurança
As 40 entidades representativas dos servidores públicos do Estado, que se reuniram nesta quarta-feira na sede do Cpers, em Porto Alegre, decidiram paralisar as atividades na próxima segunda-feira se o Palácio Piratini parcelar os salários do mês de julho. O protesto foi definido após uma tensa reunião, feita a portas fechadas, mas da qual foi possível ouvir manifestações de indignação e de advertência ao governo.
“Ninguém vai segurar servidor sem salário”, disse o presidente da Associação de Cabos e Soldados da BM, Leonel Lucas. “É um atentado contra a dignidade dos servidores. Não há diálogo”, completou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários, Flávio Berneira.
Um protesto deve ocorrer nesta quinta, às 10h, no Centro Administrativo, mesmo local onde já ocorreu um ato público que reuniu servidores de secretarias estaduais nesta quarta. Além disso, a partir de sexta, quando o governo anunciar oficialmente o que fará em relação aos salários dos servidores, plenárias regionais darão início à organização da marcha em defesa do serviço público, prevista para 18 de agosto. “Definimos que se houver o atraso, na segunda-feira o Cpers e servidores da Segurança Pública vão paralisar atividades. Quem não tiver como realizar a paralisação deve promover algum ato para expor seu repúdio”, declarou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
O maior descontentamento ocorre na área de Segurança, que tentou convencer as demais entidades a antecipar a greve geral. Preocupado, o governador José Ivo Sartori já teria até contatado o Ministério da Justiça para que a Força Nacional de Segurança forneça 1,5 mil agentes em caso de paralisação.
Correio do Povo