Álvaro Boessio criticou estabilidade e supostos privilégios dos servidores
O líder do PMDB na Assembleia, Álvaro Boessio, concedeu uma entrevista polêmica em um dia marcado por protestos dos servidores públicos, que terão os salários parcelados em até quatro vezes. À Rádio Spaço FM, de Farroupilha, Boessio afirmou que mudou de ideia sobre a realização de concursos por conta do comportamento dos funcionários públicos e chamou parte deles de “vadios”.
— Hoje, tem alguns funcionários públicos, não todos, uma boa parte, e falo isso porque trabalho na Assembleia, que são vadios, não correspondem. Depois que passaram no concurso, que estão lá há tempos, querem mandar mais do que os deputados. E assim é no governo, deve ser nas prefeituras, por tudo. Não todos, mas uma boa parcela dessas pessoas — afirmou.
Boessio também criticou o número de professores e a licença-prêmio, que é um afastamento remunerado de três meses concedido aos servidores que trabalham por cinco anos. Para o peemedebista, o benefício “não é lógico”.
— Quem paga os salários dos funcionários públicos e os dos deputados também é a população. Hoje, são 10 milhões de pessoas, quase 11, pagando para 400 mil (servidores). Sabe qual é a média de alunos por professor em sala de aula em uma escola particular? São 23 alunos por professor. E, no Estado, 12. Essas coisas que precisamos discutir com o Cpers, com os professores.
Questionado se abriria mão de seus salários, diárias e verbas extras para ajudar a pagar o funcionalismo, o deputado respondeu que não.
— O salário de deputado é R$ 16,5 mil líquido. É um belo salário, um grande salário, mas vamos dizer que tirasse R$ 5 mil, faz isso vezes 25 e vê quanto que ia dar. Os deputados estão fazendo a sua parte, estão brigando, cada vez mais reduzindo as suas coisas.
Confira a íntegra na entrevista clicando aqui.
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