Os funcionários públicos pedem, além da manutenção do pagamento no dia, que o governador retire projeto da Assembleia Legislativa
Servidores públicos do Estado podem entrar em greve a partir do dia 18 de agosto em Caxias do Sul e em todo o Estado. Na manha desta terça-feira, representantes de algumas das entidades ligadas ao Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais concederam uma entrevista coletiva em Caxias do Sul.
Segundo os servidores, a categoria só não entrará em greve se o governador José Ivo Sartori (PMDB) retirar da Assembleia Legislativa o Projeto de Lei Complementar (PLC) 206. A proposta impede que o governo aprove reajustes que serão pagos pelo sucessor, limita a concessão de aumentos reais a 25% do crescimento da arrecadação, restringe promoções e novas nomeações e inibe a concessão de incentivos e renúncias fiscais.
Se a folha de pagamento for mantida em dia, mas o projeto não for retirado, a tendência é de que os funcionários públicos votem pela paralisação, na assembleia unificada, que deve ocorrer em Porto Alegre.
— Só quem pode fazer com que não ocorra greve é o senhor Sartori, se ele retirar a PLC 206 — afirma a presidente estadual do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Até o dia 18, Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe devem atuar em operação padrão. Já para as escolas estaduais, a orientação do Cpers é de adoção de turnos reduzidos.
Na segunda-feira o governo estadual anunciou o pagamento dos salários dos servidores, que havia sido parcelado. A decisão, no entanto, não enfraqueceu o movimento.
— Consideramos que essa foi a primeira vitória. Forçamos o governo a pagar. O movimento cresce. Estamos apenas iniciando a caminhada, é um reconhecimento da nossa força. Vamos prosseguir até o dia 18, que deverá apontar para a greve geral unificada — salienta o presidente da Federação dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud.
Ao todo, 43 entidades representantes de servidores públicos participam do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais.
ZERO HORA