‘Nenhum estadista gosta de uma situação dessa, mas fundamentalmente não há dinheiros nos cofres’, disse secretário do Planejamento
A injeção de R$ 2 bilhões nos cofres públicos do Estado não vai ser suficiente para impedir que o quadro de parcelamento dos salários do funcionalismo se repita em 2016. O Piratini vai contar com esse valor se o projeto de lei para aumentar as alíquotas de ICMS for aprovado na Assembleia Legislativa, na próxima terça-feira.
Os valores podem minimizar o déficit projeto pelo governo estadual para o próximo ano. Em 2016, a proposta orçamentária prevê um rombo de R$6,2 bilhões. Esse déficit não leva em conta receita adicional projetada com a elevação das alíquotas do imposto. Com o reajuste do ICMS, a conta negativa equivale a quatro folhas salariais dos servidores, conforme o secretário do Planejamento, Cristiano Tasch.
“Nenhum estadista gosta de uma situação dessa, mas fundamentalmente não há dinheiros nos cofres. Agora, a Secretaria da Fazenda está fazendo um esforço incansável para reduzir o tempo de atraso no pagamento”, ressaltou.
Em coletiva no Palácio Piratini, o secretariado do núcleo duro do governo Sartori detalhou a proposta de orçamento encaminhada ontem à Assembleia Legislativa. Conforme as projeções do governo, as despesas serão de R$ 62,5 bilhões enquanto as receitas não devem passar de R$ 56,3 bilhões. O Estado não vai conceder reajuste salariais, apenas o pagamento do aumento parcelado concedido aos trabalhadores da segurança ainda na gestão de Tarso Genro.