Após aprovação de projetos do governo Sartori, funcionalismo pretende expor parlamentares que votaram contra seus interesses
Com sentimento de derrota após aprovação de projetos que são contra o interesse do funcionalismo, o Movimento Unificado dos Servidores muda de estratégia. Como a pressão na Capital não surtiu efeito, irão até as cidades que são redutos eleitorais dos deputados “traidores”.
— Em Porto Alegre, não estão dando bola. Vão para a Assembleia, fecham as portas e votam sozinhos. Vamos, agora, mostrar para as pessoas daquela região como votam os deputados em relação aos seus serviços públicos. Vamos expô-los na casa deles para que sintam efetivamente a pressão — explica Sérgio Arnoud, presidente da Fessergs.
Quando explicava a estratégia, na noite desta quinta-feira, Arnoud já estava a caminho de Uruguaiana, na Fronteira Oeste. O município é a base eleitoral do deputado Frederico Antunes, do PP. Lá, na chamada Esquina Democrática, está prevista uma mobilização na manhã de sexta-feira.
— Vamos denunciar, lá e em todo o Estado, voto a voto, nome a nome daqueles que traíram o povo gaúcho. Não deixaremos que ninguém esqueça — acrescentou a presidente do Cpers, Helenir Schürer.
Intensificando as ações, o Cpers vai dar início à campanha Deputado: agora EU quero o teu voto, pressionando os parlamentares a rejeitarem medidas como o aumento de ICMS e o PLC 206, que congela os investimentos nos serviços públicos, além da extinção de fundações.
O restante da caravana pelo Interior ainda não está definido. Isso porque, na próxima terça-feira, quando está prevista nova rodada de votações na Assembleia Legislativa, todo o funcionalismo gaúcho deve ir a Porto Alegre. No Twitter, o Cpers divulgou que espera reunir 50 mil servidores na Praça da Matriz, que fica em frente à AL.
ZERO HORA