Aqui, o povo tem voz. Os funcionários públicos também. E respeito. O texto abaixo é do leitor Ricardo de Souza Salamon, Comissário de Polícia, 23 anos de dedicação exclusiva ao serviço policial, onde trabalhou sempre em investigações. Um profissional com uma ficha policial irrepreensível, sem uma mácula sequer, jamais foi punido, sempre se dedicando à sociedade gaúcha, sempre arriscando a vida para proteger milhares de anônimos deste nosso povo, que nem sabe quem são. Ele vem de uma família que decidiu se dedicar ao combate ao crime e à prevenção da violência: sobrinho de policial, sua esposa – neta de policial – e irmão também são Comissários de Polícia, além da cunhada (irmã da esposa), que foi inspetora e aposentou-se na Polícia Federal como Agente Especial. Uma história de união com afeto e paixão pelo mesmo objetivo. Além disto, Ricardo é professor de armamento e tiro da Acadepol e membro da Comissão de Material Bélico da Polícia Civil do RS. Hoje lotado no DAME, tem experiência de 4 anos no GIE – Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos – da PC gaúcha. O Comissário Ricardo possui cursos com a Brigade Régionale Dénquete et Coordinationpolícia (a francesa B.R.E.C.) e a Swat de Utah, níveis básico e avançado – estes, é importante dizer, foram pagos do próprio bolso do Comissário, no seu objetivo pessoal de qualificar o atendimento profissional ao povo gaúcho e espalhar conhecimento aos colegas sem condições de pagar por cursos assim. Na foto acima, o Comissário protege um carregamnto que chegava ao Palácio da Polícia. Eis seu texto brilhante à coluna, motivado pela infeliz declaração do Governador Sartori de que “se deve dar graças a Deus de ter estabilidade”, referindo-se ao funcionalismo gaúcho:
“Quando o mandatário do estado fala publicamente que os funcionários públicos tem que dar graças à Deus por terem estabilidade, esquece de um detalhe. O funcionário público quando opta pela carreira pública, faz um concurso também público, aberto à toda a sociedade, onde os melhores classificados são selecionados em um processo com igualdade de condições.
O funcionário público não recebe fundo de garantia e encontra na estabilidade a segurança necessária para trabalhar pelo Estado e não para um governo, que muitas vezes não o reconhece. É a estabilidade que permite que um policial possa investigar quem quer que seja, para apurar delitos, sem ser influenciado para não agir contra os interesses escusos de certos agentes políticos, sob pena de perder o emprego.
É a estabilidade que permite que um magistrado condene um corrupto entre outros criminosos, sem temer represálias.
Portanto, senhores, sem a estabilidade do funcionalismo público, existiria a instabilidade nas práticas de Estado. Ao contrário do que insinuam, esta estabilidade é limitada, pois um funcionário que se envolver em práticas delituosas pode e deve ser excluído, pois existem órgãos corregedores que apuram tais práticas. É justamente a estabilidade que permite que não nos submetamos a práticas arbitrárias e ilegais de certos governantes.
Somos estáveis para trabalhar pela sociedade e defender o Estado, não sendo submetidos aos interesses de um simples governo.”
Ricardo de Souza Salamon, Comissário de Polícia – PC/RS
Fonte: Correio do Povo
Link para o artigo: http://www.correiodopovo.com.br/Blogs/oscarbessi/?p=1222
Postado por Comunicação DEE ASSTBM