Cobranças por investimento marcam posse do novo chefe de polícia do RS

FDGTEmerson Wendt recebeu o cargo de Guilherme Wondracek.
Governador exaltou o trabalho da Polícia Civil apesar da crise econômica.

O novo chefe de polícia do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, tomou posse durante solenidade realizada na tarde desta segunda-feira (21) no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Ele e o novo subchefe da corporação, Leonel Fagundes Carivali, receberam os cargos dos antecessores Guilherme Wondracek e Ênio Gomes de Oliveira, respectivamente. O evento foi marcado por cobranças de investimentos na área da segurança pública.

“Temos de ter um incentivo de que há alguém do teu lado. Temos de ter perspectiva de que daqui a seis meses eles não serão dois [policiais em delegacias], serão três. Nós temos 70 delegacias que têm apenas um servidor”, disse Wondracek, que esteve à frente da corporação nos último biênio.

Já o sucessor preferiu defender ações “em outras áreas”. “As soluções principais para essa questão apontadas cotidianamente são a presença de mais policiais e incremento da máquina do estado para combater a criminalidade, porém tal discurso por si só não se sustenta sem que tenhamos em conjunto ações sociais e governamentais em outras áreas”, disse Wendt, que vinha ocupando a direção do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

O evento contou com a participação do governador José Ivo Sartori, que lembrou que o novo chefe da corporação terá de enfrentar a escassez de recursos decorrente da crise financeira que atinge o estado e a expansão das atividades criminosas.

“O gravíssimo desequilíbrio das contas públicas obriga o governo a investir menos do que desejaria na Segurança. Apesar das condições adversas, a Polícia Civil vem cumprindo seu papel constitucional e os resultados obtidos devem ser conhecidos e valorizados pela sociedade”, destacou.

O secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, destacou a necessidade de qualificação da investigação criminal. “Cada vez mais as instituições policias têm suas demandas aumentadas. Os esforços se acumulam e para que possam enfrentar a criminalidade precisam de mais inteligência policial, investigação e qualificação”, disse.

G1 RS

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