Secretário da Fazenda, Giovani Feltes, admitiu “dificuldades enormes” para quitar a folha
Faltando menos de uma semana para o pagamento do funcionalismo estadual, o governo do Estado ainda não sabe conseguirá pagar aos servidores públicos no mês de março.Informações apuradas pela Rádio Gaúcha indicam que haverá novo parcelamento no próximo dia 31. Nesta sexta-feira (31), o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, admitiu “dificuldades enormes” e afirmou que o governo ainda espera a entrada de recursos no Tesouro do Estado na próxima semana, como por exemplo uma parcela correspondente ao Fundo de Exportações.
Conforme o secretário, não há garantia de que o cofre conseguirá atingir o volume necessário de recursos, de aproximadamente R$ 1 bilhão referente à folha de funcionalismo.
“É possível que a gente vá ter que parcelar (os salários) novamente. E, se isso acontecer, certamente vamos nos utilizar de tantas faixas necessárias para que ao longo do tempo, tendo dinheiro, a gente possa creditar, como fizemos em fevereiro”, afirmou o secretário.
Assim como em meses anteriores, os vencimentos serão depositados no último dia do mês. Portanto, o pagamento será creditado na quinta-feira, dia 31.
De acordo com o secretário da Fazenda, o Piratini mantém a expectativa de receber R$ 150 milhões referentes ao Fundo de Exportações, já que houve uma sinalização por parte do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
“Se esse dinheiro entrar, ou se nós tivermos algum outro ingresso, ou até eventualmente algum volume dos depósitos judiciais, talvez a gente possa até ter uma surpresa em relação as dificuldades. Agora, a verdade é que as dificuldades são enormes”, explicou.
Renegociação da dívida
Giovani Feltes também afirmou que o governo do Estado está tentando modificar pontos do projeto de repactuação da dívida com a União, com base no projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional. A intenção é propor alterações à bancada gaúcha no Congresso.
O Estado tem críticas especialmente às contrapartidas exigidas pelo governo federal para que a repactuação seja executada. Uma delas se refere à exigência de que sejam retiradas ações judiciais que contestam o contrato e os juros da dívida. O secretário Giovani Feltes classificou as exigências feitas pela União como “draconianas”.