Deputado do PMDB também é relator da matéria
O recém nomeado líder do governo Sartori na Assembleia Legislativa reconhece que o primeiro grande desafio no cargo vai ser a tentativa de viabilizar a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017. A votação em plenário é prevista para a semana que vem. Gabriel Souza, do PMDB, sucede o correligionário Alexandre Postal, que abandonou o mandato de deputado e também o partido para assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, a partir da indicação do governador.
Souza sustenta que o quadro financeiro desfavorável e a própria renegociação da dívida com a União vão sensibilizar os parlamentares. “Com certeza vai ser um enorme desafio em razão do desequilíbrio orçamentário que o Estado vive. Todos os poderes têm suas obrigações. Temos que ter muita responsabilidade em função da penúria financeira dos cofres públicos e também a renegociação da dívida exige contrapartidas de rigor fiscal muito duras”, argumentou.
Um dos grandes entraves que enfrenta resistência entre funcionários públicos de todos os poderes e de todas as faixas salariais é a previsão de um congelamento de salários a partir da proposta de um reajuste vegetativo, já que a previsão na LDO é de um aumento de despesas em 3% para o Executivo, Legislativo e Judiciário. Souza, que também é o relator da LDO, garante que está mantendo o diálogo com todas as categorias e não teme resistência e nem pressão das galerias. “Vamos encontrar um meio termo entre todas as demandas e estou recebendo todos e ouvindo todos. Esse é o meu trabalho enquanto relator. Só diante do diálogo é possível saber o que pode ou não ser atendido”, amenizou.
A LDO foi um dos temas do encontro entre Gabriel Souza e o Procurador Geral do Ministério Público, Marcelo Dornelles, que procurou hoje o relator. Antes de serem encaminhadas a votação, as propostas da LDO serão alvo de uma audiência pública, que ocorre na manhã da próxima quinta-feira, na Assembleia Legislativa.