Ato em repúdio ao parcelamento de salários

not_20160729348184030_gAssociações de classe da Brigada Militar pedem apoio ao prefeito de Passo Fundo e aos vereadores contra os repetidos parcelamentos de salários dos servidores públicos do Estado

As associações de classe da Brigada Militar realizaram, na manhã de sexta-feira, 29 de julho, um ato de repúdio pelo pagamento de apenas R$ 650,00, por parte do governo do Estado, referente à primeira parcela do salário de julho e pelos repetidos parcelamentos de salários dos servidores estaduais há alguns meses. A mobilização aconteceu em frente à Prefeitura de Passo Fundo. O grupo pediu apoio ao prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, e aos vereadores para que intervenham em favor dos servidores.

A primeira parcela do salário de julho dos servidores do Poder Executivo foi depositada na sexta-feira. O anúncio do pagamento de R$ 650,00 foi feito na quinta-feira pelo Governo do Estado, que alega dificuldades financeiras. É o oitavo mês de parcelamento dos salários e o sexto consecutivo. “É vergonhoso o pagamento de apenas 650 reais. É muito descaso com os servidores, em especial com os da segurança pública. Nossa preocupação é que a situação que já está péssima, fique pior ainda nos próximos meses. O governo aumentou ICMS, renegociou a dívida com a União, e nada surtiu efeito. Não podemos pagar pela incompetência de governos que não souberam administrar o Estado”, salientou o presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), José Luiz Zibetti.

Os servidores pedem apoio ao Poder Executivo e Legislativo Municipal. “Pedimos o apoio do prefeito e de vereadores. Cada um deles é filiado a um partido e, que por sua vez, tem deputados. Precisamos do apoio contra este parcelamento”, destacou Zibetti.

Representantes das associações de Cabos e Soldados (Abamf) edos Oficiais da Brigada Militar (ASOFBM), representantes dos bombeiros, entre outras associações de classe, também participaram da mobilização. “É o sexto mês de parcelamento. As dificuldades são grandes. Imagine  final de mês e você não tem dinheiro suficiente para pagar água, luz, telefone, mercado, combustível. É uma angústia pra nós e para as nossas famílias, além de prejudicar toda a economia”, enfatizou a presidente da Associação de Cabos e Soldados (Abamf), Mirian Casanova da Rosa.

Associações de classe das diversas categorias que representam os servidores estaduais estão organizando um ato em todo o Rio Grande do Sul no dia 04 de agosto. A ideia é parar as atividades durante 15h.

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