BM pretende dobrar patrulhamento nas cidades mais violentas do RS

 

17310253Governo do Estado anunciou na quinta-feira liberação de recursos para a área da segurança pública

A Brigada Militar pretende dobrar o patrulhamento ostensivo nos municípios com os maiores índices de criminalidade e, hoje, palcos da Operação Avante. A medida está sendo preparada pelo comando da corporação, após o anúncio do governo do Estado da liberação de recursos para a área da segurança.

Ontem, o Piratini anunciou a destinação de R$ 52 milhões para o pagamento de diárias e horas extras. Em entrevista nesta sexta-feira (1º) ao Gaúcha Atualidade, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas, disse que isso é o que permitirá ampliar a presença de PMs nas ruas o mais breve possível.

“Temos listados 19 municípios que comportam mais de 80% dos crimes no Rio Grande do Sul. Nessas cidades, principalmente da Grande Porto Alegre e Vale do Sinos, as ações de polícia ostensiva serão mais ampliadas”, diz o coronel.

Outra ação possível, segundo o comandante, será a criação de bases comunitárias. Os locais escolhidos são os bairros Santa Tereza e Rubem Berta (Porto Alegre), Mathias Velhos (Canoas) e Santo Afonso (Novo Hamburgo). Nestes locais, micro-ônibus com seis ou oito PMs circularão e irão buscar maior interação com moradores.

PMs seguirão em presídios

O plano de segurança prevê concurso para Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). A autorização para o preenchimento de 700 vagas deve ocorrer ainda este ano.

O número, no entanto, não será suficiente para retirar PMs que hoje trabalham em casas prisionais. Segundo a superintendente da Susepe, Marli Ane Stock, a prioridade será encaminhar esses agentes penitenciários para o complexo prisional de Canoas.

“Com a necessidade da ocupação do complexo prisional de Canoas, não temos nesse momento como criar o número de vagas de servidores penitenciários necessário para a retirada da Brigada Militar do Presídio Central e da PEJ (Penitenciária Estadual do Jacuí)”, diz a superintendente.

Outras das medidas anunciadas ontem pelo Palácio Piratini prevê a reforma e reconstrução dos pavilhões do Presídio Central. O local será mantido com 1746 vagas. A reestruturação depende ainda de recursos que devem vir da penhora de bens prevista pelo governo do Estado.

GAÚCHA
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