Adolescente suspeito de matar PM é liberado após depoimento

21169795Celular encontrado em carro roubado na zona norte de Porto Alegre continha fotos do suspeito com armas

Um adolescente de 16 anos suspeito de assassinar o policial militar Renato Luiz Laureano da Cunha, 47 anos, na noite quarta-feira na Avenida Dante Angelo Pilla, zona norte de Porto Alegre, foi liberado após depor. O jovem havia sido identificado por policiais que encontraram um celular no Fox roubado por bandidos. No aparelho constavam imagens do suspeito com armas e carros.

Conforme a delegada Adriana Regina da Costa, diretora do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o adolescente já tinha infrações em seu registro e seguirá sendo investigado. Ele foi liberado porque as testemunhas do crime não o reconheceram como sendo um dos dois bandidos.

A morte do 3º sargento ocorreu próximo das 21h. Ele chegava em uma igreja quando foi atingido por pelo menos um disparo de arma de fogo. Na sequência, recebeu atendimento médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no local e morreu a caminho do Hospital Cristo Redentor.

Segundo o relato da Brigada Militar, dois criminosos roubaram um carro antes do crime na Rua Martim Minaberry. Eles trafegaram até a zona norte, mas o corta-corrente foi acionado, o que fez com que os bandidos abandonassem o veículo próximo do local onde estava o policial e fugissem. Percebendo a ação, o PM à paisana que estava próximo da igreja tentou a abordagem.

A esposa do PM, no entanto, afirmou em depoimento que ouviu os dois suspeitos pedindo pela chave do carro do policial.

A 2ª Delegacia de Polícia do Adolescente Infrator, que investiga o crime, ouve testemunhas nesta quinta. Os investigadores ainda não sabem a identificação do outro envolvido.

Colegas lembram comportamento exemplar
Os colegas do Grupamento de Supervisão de Vigilância e Guarda relembraram a postura “amiga com todos” que o PM matinha. Segundo o sargento Alexandro Machado Cardoso,Cunha já tinha completado 30 anos de serviço e poderia se aposentar, mas seguia para trabalhava a mais de 30 anos. A comandante da unidade, tenente-coronel Ana Maria Haas, afirmou que o PM tinha postura exemplar e experiência operacional.

Ainda não há informações sobre o velório do PM. A família pretende doar os órgãos, conforme amigos.

GAÚCHA

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