Governo estuda reforma previdenciária para militares, diz vice-líder na Câmara

Governo estuda reforma previdenciária para militares, diz vice-líder na Câmara | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / CP

Darcísio Perondi informou que meta é entregar texto para civis ao Senado em maio

O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Darcísio Perondi (PMDB), declarou nesta sexta-feira que a meta do governo é entregar em maio de 2017 para o Senado a Reforma da Previdência, buscando a melhora do Brasil que, segundo, ele é um doente em estado grave. Além disso, Perondi confirmou que o governo já estuda texto específico para os militares.

O deputado, no entanto, não quis detalhar sobre como será encaminhada reforma previdenciária dos militares. Perondi afirmou, porém, que a categoria terá de cooperar. “Terei de responder isso em outra oportunidade, mas o que posso dizer é que já estamos fazendo estudos. Eles terão de se aposentar com mais idade. Isso é indiscutível, isso é ponto pacífico”, salientou.

O parlamentar acredita que irá retomar um processo de melhora gradativo, a partir da aprovação de reformas. “Vamos fechar 2017 com juro abaixo de 10% e na metade do ano que vem o desemprego começa a estabilizar. Nós diminuímos de tamanho e por isso estamos propondo reformas. Acreditamos que 2017 vai ser um ano melhor, mas o parlamento vai precisar continuar votando do jeito que está fazendo. Os deputados precisarão ter coragem e conhecimento para ajudar a melhorar este paciente (Brasil) que está em estado grave”, explicou.

Perondi destacou que o governo não está pegando pesado com a população com a Reforma da Previdência. Na sua avaliação, o País precisa respeitar a “lei da demografia”, que aponta para um Brasil com mais idosos do que jovens. “Daqui a cinco, seis anos, vamos ter menos gente nascendo e nós vivendo mais. O sistema previdenciário é solidário e os que trabalham hoje pagam os aposentados. Além disso, há um buraco criado por uma má gestão, que a Dilma Rousseff tentou consertar, mas não conseguiu. O Brasil não apostou nos jovens e se desorganizou. Agora, tem de ficar claro: não tem como se aposentar com 48, 50 ou 52 anos. Não tem dinheiro público que sustente isso”, reiterou.

No começo do mês de dezembro, o texto da Reforma da Previdência foi protocolado na Câmara dos Deputados. A proposta de Reforma da Previdência estipula uma idade mínima de aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres. Atualmente, não há uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem. Eles podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no dos homens. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma da idade e o tempo de contribuição.

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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