Correio do Povo: Sartori sinaliza manter regras atuais de aposentadoria para o funcionalismo estadual

Ontem, presidente Michel Temer anunciou que a reforma em discussão no Congresso vai deixar de fora servidores municipais e das unidades da Federação

O governador José Ivo Sartori sinalizou, hoje, que não deve alterar as regras em vigor para a aposentadoria do funcionalismo público gaúcho. Ele comentou a decisão anunciada nessa terça-feira pelo presidente da República Michel Temer, de que o Planalto vai deixar os servidores estaduais e municipais fora da Reforma da Previdência, e que cabe aos governadores e prefeitos decidir entre seguir ou não o modelo federal.

Sartori falou durante o lançamento do programa InvestRS, na manhã desta quarta-feira, no Palácio Piratini. ”Eu prefiro olhar para o esforço que temos feito desde o início do governo”, disse. Ele frisou que o Rio Grande do Sul já aumentou a contribuição previdenciária dos servidores para 14% e pôs em vigor uma previdência complementar estadual. “Essas medidas, aprovadas na Assembleia Legislativa, foram frutos de uma construção coletiva e ajudam a desenhar um novo futuro. Então, isso (a decisão do governo federal) não nos afeta, porque nós cumprimos nosso papel e fizemos a nossa parte”, afirmou.

O governador ainda criticou o que chamou de time que torce para ‘não dar certo’. “Todo mundo fala mal de todo mundo. Todo mundo coloca pra baixo tudo. Para tocar para frente e olhar pro futuro, não tem ninguém. E acho a coisa mais reacionária, mais retrógrada, mais convencional e mais atrasada, é a generalização. Onde tiver generalização, é sempre um caminho maligno e que não ajuda nem o Rio Grande, nem o país e nem a humanidade”, declarou.

Sartori destacou, ainda, que a gestão atual está “plantando o futuro”. “Falta muita coisa, mas a gente tem que entender que quem quer mudar tudo, acaba não mudando nada. Por isso é preciso fazer em etapas. Tudo é um processo de construção”, disse. O governador também lembrou que a equipe que coordena percebeu a crise antes de ela se agravar e saiu na frente, inclusive no que se refere à reforma previdenciária.

Em estado de calamidade pública, o Rio Grande do Sul espera a aprovação do plano de recuperação fiscal dos Estados, proposto pela União, em discussão no Congresso. O programa exige contrapartidas dos governos regionais para que recebam o socorro financeiro. O Estado é considerado o segundo da “fila”, após o Rio de Janeiro. 

 
Fonte:Rádio Guaíba e Correio do Povo
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