Além de lamentar a banalidade do criminalidade, governador afirmou que Estado prevê novas ações na Operação Desmanche e na Operação Avante
O governador José Ivo Sartori afirmou que as ações para combater a violência no Estado são insuficientes em razão da “realidade nacional e do declínio econômico” e justificou falar sobre violência “ajuda a quem pratica esses atos criminosos”. Zero Hora mostrou, em reportagem publicada na quarta-feira, que os latrocínios aumentaram 12% na Região Metropolitana sob a gestão do secretário Cezar Schirmer, que assumiu o comando da segurança no Estado há seis meses.
“Muitas vezes a gente fala e ao falar também ajuda a quem pratica esses atos criminosos e que não representam toda a sociedade. Ainda ontem (quarta-feira) chegaram 200 pessoas da Força Nacional de Segurança. Nós vamos ter algumas ações pela frente novas, além daquelas que já fizemos na Operação Desmanche e na Operação Avante. Mas há uma questão de banalidade (da violência). Nós temos que superar tudo isso”, disse o governador em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Para discutir a insegurança no Estado, Sartori se reuniu na noite de quarta-feira com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio. O governador convidou Serraglio para visitar o Estado e acompanhar o trabalho da Força Nacional, que chegou a Porto Alegre no ano passada para tentar frear a onda de violência.
Na entrevista, o governador tratou ainda sobre os assuntos que foram discutidos com o presidente Michel Temer, e com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, na reunião que ocorreu na quarta-feira em Brasília. O objetivo do encontro era, segundo Sartori, “sugerir ajustes e correções” nas propostas de mudança nas negociações do socorro financeiro aos Estados.
“Não somos a favor da guerra fiscal. Trabalhamos para que isso tome outra direção e se reduza bastante a guerra fiscal. Isso está virando um vício que vai descendo do federativo para os municípios de maneira aleatória”, explicou.
Sobre o Banrisul, Sartori afirmou que na conversa a possibilidade de venda do banco não foi aventada.
“Sabemos que a dificuldade está localizada no plebiscito, isso demandaria tempo e outras dificuldades. Claro, não se pode não ter contrapartidas, mas também não pode ser uma questão que impeça o funcionamento do RS”.
GAÚCHA