Em relação aos salários, tendência é de, na próxima quinta, tenham a folha quitada os servidores que recebem até R$ 1,5 mil
A Secretaria Estadual a Fazenda está fazendo malabarismos para definir quais contas serão pagas primeiro, até o fim de dezembro. Somente nesta semana, os compromissos financeiros vão alcançar R$ 1,930 bilhão, incluindo o pagamento de salários e repasses a hospitais. Dessa forma, a parcela de indenização pelos atrasos nos depósitos da folha dos servidores, desde 2015, vai ficar para janeiro.
A questão é escolha de prioridades. A Fazenda entende que não adianta honrar com a promessa de indenização e pagar uma parcela ínfima da folha de dezembro. De acordo com a Pasta, o valor previsto em ressarcimento pelos atrasos, de cerca de R$ 60 milhões, pode ser utilizado para quitar os salários de todos os funcionários públicos que recebem até R$ 1,2 mil.
O objetivo do Piratini era de depósito do crédito ainda em dezembro, por ordem do governador José Ivo Sartori. O argumento é de que se trata de uma questão de justiça com o funcionalismo que vem recebendo com atraso desde a metade de 2015. A lei prevendo indenização passou na Assembleia em final de outubro e teve o texto sancionado em início de novembro.
Em relação aos salários, a tendência é de, na próxima quinta, tenham a folha quitada os servidores que recebem até R$ 1,5 mil. A aposta é no ingressos de receitas, entre hoje e amanhã, de R$ 450 milhões em ICMS dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Além disso, começaram a ingressar recursos do pagamento de IPVA. Até segunda-feira, quando o desconto máximo é de 24.7%, o governo espera arrecadar cerca de R$ 700 milhões. Metade do valor segue diretamente para as prefeituras de origem do emplacamento do veículo.
Somando-se aos gastos com pessoal, o governo precisa arcar com a cota mensal R$ 180 milhões da Saúde, assim como R$ 340 milhões do duodécimo dos Poderes e R$ 170 milhões de empréstimos consignados de novembro que ainda não foram repassados ao Banrisul. É a primeira vez que essa rubrica atrasada, sendo protelada para o mês seguinte.