O papel da BM na redução de homicídios e latrocínios no Rio Grande do Sul

NOTA ASSTBM: Senhor Governador, essa tropa com esse desempenho não merece uma valorização maior, aguardamos o chamado para tratar da reposição das perdas salariais. NÃO DÁ MAIS PARA ESPERAR!!

PMs vasculham área de mata atrás de assaltantes que atacaram banco em Amaral Ferrador, no dia 7 de fevereiro de 2024. BM / Divulgação

Parte da queda nas estatísticas de crimes graves se deve ao aumento de prisões, apreensões de armas e operações para captura de foragidos feitas por policiais militares

HUMBERTO TREZZI GZH

Após um período de apreensão, com elevação do patamar de alguns crimes graves em janeiro, o momento é de alívio na Secretaria da Segurança Pública (SSP). As estatísticas dos principais delitos tiveram redução em fevereiro, se comparado tanto com o mês anterior quanto com o mesmo período de 2023. Parte disso se deve à intensificação das investigações feitas pela Polícia Civil, cujo ritmo de operações parecia menor em decorrência da pressão dos policiais por reajuste salarial.

Mas grande parte do mérito da redução de crimes graves é da Brigada Militar, cujas ações são menos divulgadas que as da Polícia Civil, até porque se confundem com o patrulhamento cotidiano, missão fundamental dos PMs. Conforme estatísticas compiladas dias atrás, nos dois primeiros meses de 2024 a BM realizou 7% mais prisões em flagrante do que no mesmo período do ano passado. No total de prisões, o crescimento foi de 4% — e aumentou também em 2% o número de foragidos capturados.

O número de armas de fogo apreendidas cresceu 10%, o de armas brancas (facas e similares) cresceu 37% e o total de armas confiscadas, 19%. O de munições, 20%. O de dinheiro apreendido, 61%. E o de drogas flagradas, 22%.

O subcomandante da BM, coronel Douglas da Rosa Soares, lembra que algumas operações são permanentes, como Agro Hórus (patrulhamento de fronteira, que trouxe redução do abigeato), Angico (acarretou em redução do roubo a banco), Móbile (resultou em diminuição do roubo a pedestre) e GRV (que ajudou na redução do roubo de veículos).

Mas outras ações foram tomadas especialmente para reduzir homicídios e latrocínios. PMs das unidades de Choque, Batalhões de Operações Especiais (Bope) e até do Grupamento de Aviação foram designados para forças-tarefas que atuam em cidades nevrálgicas, como Caxias do Sul, Santa Maria e Passo Fundo (todas atingidas por aumento no número de mortes violentas no início de ano).

— Temos feito operações para conter o crime desde o Natal e agora os bons resultados começam a surgir — avalia o coronel Douglas da Rosa Soares.

A maioria dessas ações acontece em conjunto com a Polícia Civil, que é municiada com informações pelos PMs, que atuam diretamente nas ruas. O secretário da Segurança Pública do RS, delegado Sandro Caron, comemora o bom momento, que inclusive embute um dado histórico: nenhum latrocínio (roubo seguido de morte) em janeiro e fevereiro. É um tipo de crime que se coíbe muito com patrulhamento, feito pela BM.

— Ocorreram dias atrás as prisões de lideranças que vinham determinando assassinatos desde o ano passado, o que vai auxiliar na redução de homicídios. Já no Interior temos reforço de forças-tarefas, enviadas desde a Capital. Vamos manter a pressão operacional para conseguir bons resultados, como os já alcançados em Porto Alegre — promete Caron.

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