Comandante Geral critica o silêncio dos direitos humanos na morte do Sargento Fabiano

Na última quarta-feira, o Estado perdeu mais um dos seus heróis: o segundo-sargento Fabiano Oliveira, assassinado por covardes durante roubo a carro-forte em Caxias do Sul, em dramático momento que vive a população gaúcha.

Os criminosos, portando armas de guerra, roupas e carros com falsa identificação policial e, por óbvio, informação privilegiada, desconheciam que temos heróis como o sargento Fabiano, que honram o juramento de proteger a sociedade gaúcha mesmo com o sacrifício da própria vida.

E, por mais uma vez, enquanto o luto mareja nossos olhares, aflora um sentimento de insatisfação com o silêncio absurdo dos ditos “defensores dos direitos humanos”, a ausência de mobilização, seja para lamentar o ocorrido, exigir responsabilização dos culpados, ou mesmo para exaltar a vida de um herói de nossa sociedade. O silêncio, empregado como sinal de respeito, agora reverbera como um solene “dar de ombros” para uma vida que se perdeu.

Até então, não recebi ofícios de ministérios, ONGs, comissões parlamentares solidarizando-se com a família de Fabiano, nem ouvi debates acalorados sobre a necessidade urgente de ações eficazes nas fronteiras de nosso país para evitar o acesso a armas de guerra. Nós, militares estaduais, os maiores garantidores de direitos humanos, ainda recebemos o silêncio dos ditos defensores, silêncio esse que soa extremamente discriminatório. Fabiano não é um número. Era um filho, um pai, um marido, um amigo. Homem vibrante e alegre, de sorriso fácil e ação enérgica, adorado pela comunidade e pelos integrantes da instituição.

Poderia estar na reserva, mas preferiu seguir servindo. E fazendo o que mais gostava, se foi. Asseguro que nossas ações frente a esta, e a qualquer outra injusta agressão, será com força desproporcional. Sem jamais nos igualarmos à criminalidade, seremos sempre mais incisivos e fortes, pois assim se garante a paz, a liberdade, a dignidade da população gaúcha. E o único silêncio a ser admitido será o toque do clarim destinado aos mártires e a mais um eterno herói: o sargento Fabiano.

Cláudio dos Santos Feoli – Comandante-geral da Brigada Militar

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