Governo do estado projeta para setembro implementação das câmeras em fardas de policiais

Estimativa anterior era de que equipamentos passariam a ser utilizados em agosto. Licitação prevê a compra de 1,1 mil unidades, sendo mil para a BM e cem para a Polícia Civil. Agentes lotados em Porto Alegre serão os primeiros a adotar o sistema, que já passou por testes em março deste ano 

GABRIEL JACOBSEN GZH

Em nova estimativa, o governo do Rio Grande do Sul projeta para o início de setembro de 2024 a implementação das primeiras câmeras corporais em fardas de policiais gaúchos. A previsão foi dada nesta terça-feira (9), pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).

Os policiais lotados em Porto Alegre serão os primeiros a conviver com o equipamento, ainda segundo a SSP. A previsão anterior da instituição era de início da operação das câmeras corporais até agosto.

A licitação para aquisição das câmeras foi vencida pela Advanta Sistemas de Telecomunicações e Serviços de Informática Ltda. A empresa fornecerá 1,1 mil unidades do equipamento Axon Body 3. As câmeras passaram por dois dias de testes práticos, em 26 e 27 de março, última etapa técnica para a contratação.

A licitação prevê a compra de 1,1 mil câmeras, sendo mil para a BM e cem para a Polícia Civil. O edital prevê que o governo pode, se desejar, dobrar o número de equipamentos contratados.

A instalação das câmeras nas fardas é defendida pelo governador Eduardo Leite e pelas cúpulas da Brigada Militar (BM) e Polícia Civil. Ambos consideram as câmeras positivas para auxiliar na elucidação de crimes — inclusive os que podem ter sido cometidos por agentes da segurança pública, como o caso da morte de Vladimir Abreu de Oliveira. 

Na última sexta-feira (5), a reportagem revelou que o teor de um inquérito que apura o assassinato de um morador do condomínio Princesa Isabel, na região Central de Porto Alegre. Segundo a apuração da BM, Vladimir, de 41 anos, teria sido torturado e morto por dois brigadianos. Outros três integrantes da BM também foram indiciados no mesmo inquérito policial militar.

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