Zero Hora repercute o posicionamento da ASSTBM quanto ao insignificante índice de aumento do Governo Eduardo Leite

Governador detalhou o conjunto de medidas nesta terça-feira (16). Mauricio Tonetto / Divulgação

ZH: Servidores da segurança consideram insuficiente reajuste proposto por Leite

Conjunto de medidas foi anunciado nesta terça-feira (16) pelo governador. No caso dos profissionais de nível superior, sindicato diz que proposta atende parte das reivindicações.

Entidades que representam agentes da segurança pública estadual consideram insuficiente o reajuste de 12,49% anunciado nesta terça-feira (16) pelo governador Eduardo Leite. A correção, que integra o pacote para o funcionalismo, será dividida em três parcelas, a serem pagas em janeiro de 2025, outubro de 2025 e outubro de 2026, com custo estimado em R$ 1,1 bilhão.

A avaliação negativa é compartilhada por entidades que representam profissionais da Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal.

Presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Asdep), Guilherme Wondracek, diz que a categoria acumula 64% de defasagem salarial desde 2014 e deveria ser equiparada a outras carreiras, como a de procurador do Estado.

— A proposta do governo concede aumento para um analista da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) de R$ 13 mil para R$ 21 mil, que vai ganhar o mesmo que um delegado, que se expõe a um risco extremo e tem responsabilidade muito maior — afirma.

A Ugeirm, que representa servidores da Polícia Civil, classificou o anúncio como “ridículo”.

Líder do Sindicato da Polícia Penal, Cláudio Desbessell diz que o índice proposto “entristece” a categoria

— A segurança esteve na linha de frente na pandemia e na enchente. Muitos colegas estão hoje com as contas extrapoladas, em vulnerabilidade.

O índice proposto também foi rejeitado por associações de servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, como Abamf (nível médio), Asofbm (oficiais) e ASSTBM (sargentos, subtenentes e tenentes). Os militares argumentam que o reajuste vai incorporar valores que hoje são pagos na parcela de irredutibilidade, que reuniu as gratificações pessoais dos funcionários quando o governo implementou o pagamento por subsídio.

Outras carreiras

Entre as demais carreiras, a avaliação sobre o pacote é mais comedida. Presidente da Fessergs, que reúne uma série de sindicatos estaduais, Sérgio Arnoud, relata que a entidade vai se reunir nesta quarta para tirar uma posição definitiva:

— Em alguns pontos, o governo agregou nossas preocupações. Em outros, não.

Presidente do Sintergs, que congrega servidores de nível superior, Nelcir Varnier, diz que a proposta atende parte das necessidades do grupo:

— Estamos há muito tempo em campanha pela restruturação e pela recomposição de perdas salariais. Vemos uma boa vontade do governo. Ficou aquém das expectativas, mas tudo o que for bom vamos apoiar.

O governo deve enviar os projetos à Assembleia nesta quarta-feira (17). A votação está prevista para sexta (19). 

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