
MENSAGEM COMANDANTE GERAL
INDIGNAÇÃO E LUTO: ATÉ QUANDO PERDEREMOS NOSSOS HERÓIS?
Hoje, a Brigada Militar está de luto pela perda do Sargento Luiz Fernando Lussi, de 34 anos, que teve sua vida brutalmente ceifada ao cumprir seu dever. Um criminoso, tripulando um carro clonado (roubado em Canoas), o atropelou covardemente, tirando não apenas um policial, mas um pai de um filho de apenas dois anos, um marido, um filho, um amigo e um guerreiro da sociedade.
Até quando veremos bandidos soltos enquanto famílias choram seus entes queridos? O Brasil precisa endurecer suas leis, punir com rigor quem afronta a ordem pública e não seguir no caminho do afrouxamento das penas, como pregam alguns segmentos. Quem ataca um policial ataca toda a sociedade!
Mas, infelizmente, não veremos passeatas clamando por justiça. Não haverá manifestações em praças públicas nem grupos organizados exigindo rigor contra os criminosos. Nenhuma pombinha branca será solta em nome da paz.
As grandes manchetes dos jornais não estamparão sua foto, e as emissoras de TV não farão reportagens emocionadas sobre sua história de dedicação à segurança pública. A sociedade, em sua maioria, seguirá sua rotina, sem perceber que um de seus protetores tombou.
Mas nós, seus irmãos de farda, não esqueceremos. Sua família sentirá sua ausência todos os dias. Seus colegas continuarão combatendo o crime, enfrentando os mesmos riscos, enquanto leis brandas seguem favorecendo aqueles que desafiam a ordem.
A pergunta que fica é: até quando? Até quando aceitaremos que a vida de um policial tenha menos valor do que o discurso do politicamente correto? Até quando a impunidade será a regra e o respeito pela lei, a exceção?
Que a morte do Sargento Luiz Fernando não seja em vão. Que sua partida nos faça refletir sobre qual sociedade queremos construir.
Não podemos aceitar que aqueles que juram proteger sejam vítimas da impunidade…
O criminoso está preso.
Que a justiça seja feita!
Coronel Claudio Feoli
CRÔNICA FABRICIO CARPINEJAR
NÃO VOU FALAR DO GRE-NAL
Não vou falar do Gre-Nal, da decisão do Gauchão, que era o que tanto queria, mas de um homem atropelado numa barreira policial. Pois nenhum título vale mais do que a honra.
O sargento Luis Fernando Luisi, 33 anos, acabou sendo vítima de um veículo clonado que estava circulando na via e não obedeceu a abordagem policial.
Na contramão, o motorista furou o cerco na BR-386, em Soledade (RS), atropelou Luisi e fugiu do local na madrugada de sábado (8).
Não foi apenas assassinado covardemente um policial que representa a própria sociedade, mas o marido, o pai de um filho de dois anos, o colega da farda, o amigo.
Quantas pessoas tombaram dentro de um único adeus?
O criminoso estava solto porque existe uma execução branda de nossas leis, a cultura das saidinhas temporárias, a desculpa permanente da progressão das penas por superlotação dos presídios, não por bom comportamento como costuma se convencionar nas justificativas ilusoriamente humanitárias.
Você tem mais direitos matando do que como vítima. Você tem mais direitos roubando do que como vítima.
Já é comum ver presos em flagrante libertos assim que você conclui a ocorrência.
Assim como hoje se morre futilmente na rua por portar um celular, o policial teve seu futuro cancelado simplesmente por se encontrar de plantão.
O comandante da Brigada Militar, Cláudio Feoli, está coberto de razão em sua indignação: “não veremos passeatas clamando por justiça, não haverá manifestações em praças públicas nem grupos organizados exigindo rigor contra os criminosos, nenhuma pombinha branca será solta em nome da paz”.
O fato vai passar batido.
Todos sabemos que policial faz a sua obrigação e coloca a sua vida em risco, o que jamais significa que a sua perda não vale nada. É sempre o que parece. É o que fazemos parecer, tragicamente.
Policial não é feito para morrer precocemente. Não é feito para morrer em serviço. Não é feito para deixar filhos sem pai e pais sem filho.
Se isso é a regra, nossa sociedade faliu.
Quem nos protege deveria ser protegido.
Em @gzhdigital
Fabrício Carpinejar