Assembleia geral acontece amanhã, no Largo Glênio Peres, na Capital
Em reuniões que antecedem a assembleia unificada marcada para a tarde desta terça-feira, na Capital, representantes de servidores estaduais sinalizam com a proposta de paralisação geral por três dias, a partir da quarta-feira. A possibilidade de dar início a uma greve geral perdeu força nos últimos dias, depois do depósito das parcelas atrasadas dos salários de julho pelo governo do Estado.
Entre hoje e amanhã, os sindicatos têm assembleias internas para confirmar apoio à orientação da coordenação do movimento. Embora possa haver divergências entre as cerca de 50 categorias, o presidente da Fessergs (Federação Sindical dos Servidores do RS), Sérgio Arnoud, afirma que a ideia é unificar os trabalhadores através de uma paralisação inicial, que poderá se transformar em greve no caso de os salários voltarem a ser parcelados ao final do mês.
“A coordenação do movimento tem indicado a possibilidade de uma paralisação por tempo determinado de até três dias. Mas essa deliberação final está sendo tomada pelas diversas assembleias das categorias que estão se realizando até amanhã. A tendência, neste momento, é de uma paralisação inicial a título de advertência ao governo do Estado”, declarou.
O dirigente ressalta que, até agora, os representantes não tiveram qualquer informação do governo do Estado sobre o pagamento dos salários de agosto. Os cortes de gastos decretados desde o início do ano, somados ao congelamento de reajustes, também levaram à primeira união de todas as categorias na história do Estado. O encontro reúne professores, policiais militares e civis, agentes penitenciários, técnicos-científicos, funcionários de setores administrativos, entre outros.
A assembleia geral unificada dos servidores estaduais está marcada para as 14h desta terça-feira, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. Os trabalhadores contam com a participação de muitos colegas do interior do Estado, que devem vir à Capital em caravanas até amanhã. Alguns grupos devem chegar ao local em caminhadas, no início da tarde. Ao final das votações, também deve ser organizada uma manifestação conjunta na região central.