Ouça a entrevista na íntegra:
Comandante Alfeu Freitas disse que ações mais amplas do que os treinamentos feitos na zona sul da Capital dependem de “outro nível de conversação” com o Exército
O comandante geral da Brigada Militar descarta a atuação do Exército nas ruas do Rio Grande do Sul nos mesmos moldes do que hoje ocorre no Rio de Janeiro e Haiti, por exemplo. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o coronel Alfeu Freitas, disse que, para que ações mais amplas sejam realizadas no Estado, é preciso encaminhar um outro nível de conversação com o Exército — que não foi estabelecido neste momento.
O que deve ocorrer novamente são os treinamentos que deram visibilidade, na terça-feira, à presença das Forças Armadas nas ruas de Porto Alegre.
— Poderá ser repetido sim. Em outros locais, em outras datas e em breve, para que se possa manter a qualidade no treinamento do Exército bem como o apoio à Brigada, pois nos interessa participar dessas atividades — disse o comandante.
Entre a tarde e a noite de terça-feira, cerca de 60 homens do Exército atuaram na Vila dos Sargentos, no bairro Serraria, na zona sul de Porto Alegre. Com apoio da Brigada Militar, a tropa em treinamento trabalhou na garantia de lei e ordem, no mesmo trabalho que é feito no Haiti ou no Rio de Janeiro.
— É um treinamento, um exercício que o Exército faz, que a Brigada Militar apoia, até uma vez que estão na rua e estão em uma atividade de polícia, até porque o poder de polícia é da Brigada. A Brigada sempre vai apoiar o Exército, como apoiou ontem, e vai apoiar em ações futuras — garantiu o coronel.
O comandante da Brigada Militar também espera que a Força Nacional de Segurança seja mantida até o fim do ano em Porto Alegre. O coronel Alfeu Freitas espera, inclusive, que o número de policiais seja reforçado. Atualmente, o grupamento está sendo designado para atuar em áreas de conflito e em algumas regiões de fácil visualização.