Na convenção que escolheu Alceu Moreira presidente, Germano Rigotto se lançou candidato ao Planalto
Realizada na manhã de sábado, a convenção estadual que elegeu Alceu Moreira como novo presidente do PMDB foi marcada pela defesa da reeleição do governador José Ivo Sartori e pelo anúncio do ex-governador Germano Rigotto de que está disposto a concorrer a presidente da República.
— Ninguém vai impedir que o PMDB tenha candidato próprio em 2018 para presidência. Se ninguém quiser, eu vou de novo para a briga — disse Rigotto, que em 2006 disputou uma prévia com Anthony Garotinho, fez mais votos, mas acabou sendo declarado perdedor por uma manobra da cúpula do PMDB.
Eleito por aclamação, Moreira disse que é preciso construir um projeto político de centro, que deixe claros alguns conceitos e que a base desse conteúdo será o uso do capital com responsabilidade social. Para isso, anunciou que uma de suas primeiras ações será recriar o Instituto de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Iepes), criado em 1972 pelo peemedebista André Forster.
O deputado anunciou que vai percorrer o Estado para mostrar o que considera “avanços do governo Sartori” e defender a reeleição do projeto.
Em um dos painéis, o ministro Eliseu Padilha e o deputado Darcísio Perondi defenderam a reforma da Previdência e foram questionados pelos delegados do PMDB sobre pontos do projeto e sobre a exclusão dos servidores estaduais e municipais da emenda. Os dois repetiram o discurso do presidente Michel Temer de que a decisão foi tomada em respeito ao pacto federativo, mas não convenceram os líderes do partido. O ex-vice-prefeito Sebastião Melo, escolhido como 1º vice-presidente, contestou a justificativa. Favorável á reforma da Previdência, Melo lembrou que o governo Temer não tem demonstrado apreço pela federação e que, ao excluir os servidores estaduais e municipais, está contribuindo para a manutenção do rombo no setor público.
Sartori evitou se manifestar sobre reeleição, mas deu sinais de que é candidato. Disse que este é o momento para discutir o partido e se organizar internamente para o trabalho que está por vir. Destacou que “a unidade é a melhor maneira de continuar as mudanças e transformações iniciadas em 2015”.
— Chegou a hora de dizer ao PMDB: muita unidade, não alimentar nenhum preconceito e praticar a diversidade internamente no partido seja ela política, seja ela religiosa, ideológica, de gênero, seja do que for.