Policiais fazem ‘sirenaço’ em homenagem a PMs mortos durante tiroteio em Porto Alegre

Rodrigo da Silva Seixas e Marcelo de Fraga Feijó foram baleados na noite de quarta; suspeito também morreu. Um dos envolvidos no confronto não era monitorado por falta de tornozeleira eletrônica.

Por Guacira Merlin, RBS TV e G1 RS

Policias fizeram um “sirenaço” nesta quinta-feira (27) em homenagem aos dois soldados da Brigada Militar mortos em um tiroteio em Porto Alegre. Os PMs Rodrigo da Silva Seixas, de 32 anos, e Marcelo de Fraga Feijó, 30, foram baleados na noite de quarta-feira (26). Um suspeito também morreu no confronto.

Na Capital, as sirenes dos carros tocaram durante um minuto em frente ao Palácio da Polícia nesta tarde. Na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, policiais também prestaram homenagem aos colegas.

O corpo de Feijó é velado no Cemitério Serapião José Goulart, em Viamão. Ele era casado e tinha um filho de dois anos. O velório do soldado Seixas será realizado na Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul. Ele também era casado e pai de uma menina.

Marcelo de Fraga Feijó e Rodrigo da Silva Seixas foram mortos em confronto — Foto: Divulgação/BM

Marcelo de Fraga Feijó e Rodrigo da Silva Seixas foram mortos em confronto — Foto: Divulgação/BM

Os policiais entraram no “Beco da Bruxinha” por volta das 22h de quarta-feira. O primeiro policial teria sido recebido a tiros por bandidos que estavam em cima de uma casa. O colega tentou prestar socorro e também foi atingido.

Eles foram levados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiram. A dupla trabalhava no Pelotão de Operações Especiais do 19º BPM.

O comandante do batalhão diz que o patrulhamento era um procedimento de rotina.

“Eram seis policiais em duas viaturas. Era uma tropa treinada, uma tropa especializada do batalhão, treinada, que infelizmente deu esse confronto”, comenta o comandante do 19º Batalhão, tenente-coronel Kefren Castro de Souza.

O suspeito que morreu durante a ação é Cleber Josué da Rosa, de 44 anos. O filho dele, Lucas Yago da Rosa, de 19 anos, foi baleado e preso.

“Tanto o Cleber como o Lucas eram seguranças na boca de tráfico daquele local. Então, assim, fato que corrobora a versão apresentada pela Brigada Militar de que foram surpreendidos com tiros quando ingressavam naquele beco”, afirma o delegado Guilherme Gerhardt.

Sem tornozeleira

O policiamento foi reforçado no local do tiroteio. Segundo a polícia, os dois suspeitos tinham antecedentes. Cleber por roubo e homicídio, e Lucas por tráfico de drogas.

Lucas deveria estar cumprindo uma pena de oito anos no regime semiaberto mas, por falta de vagas, foi encaminhado para o sistema de tornozeleiras eletrônicas. Só que não havia equipamento disponível e, por isso, ele não era monitorado.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, até o fim de agosto, 5 mil novos equipamentos estarão disponíveis, com prioridade para a Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Secretaria diz ainda que os detentos que estão sem a tornozeleira não ficam sem controle. Todos tem que se apresentar periodicamente aos órgãos de segurança, sob pena de serem considerados foragidos e perderem o benefício concedido pela Justiça.

Hoje, no Rio Grande do Sul, conforme a pasta, aproximadamente 2,3 mil presos cumprem pena com tornozeleira.

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