A tabela que divulgaremos abaixo mostra a gigantesca disparidade de tratamento entre os poderes do Estado, com privilégios para uns em detrimento do sacrifício dos servidores do Executivo — grupo no qual nós, policiais e bombeiros, estamos incluídos.
Enquanto todos os demais poderes receberam, em média, 23,7% de aumento, aos servidores do Executivo foi concedido um valor que não representa sequer um quarto do que foi destinado aos demais.
Isso apenas demonstra a postura de um governo parasita em relação ao seu funcionalismo, que se apropria dos índices de produtividade para fins políticos e, em troca, relega seus servidores ao abandono e à desvalorização.
Essa desvalorização é ainda mais evidente no caso dos servidores da RR, que hoje, devido à parcela de irredutibilidade, recebem salários iguais ou até mesmo inferiores aos pagos no final de 2018. Isso ocorre porque todo o reajuste é absorvido por essa parcela, o que, na prática, significa que o governo está concedendo aumento com o próprio salário do servidor.
- Para o setor da Segurança Pública, verificou-se um reajuste de 12,49% nas dotações orçamentárias no exercício de 2024 parcelado em 3 anos absorvido da parcela de irredutibilidade, isto é, os servidores em boa parte estão pagando seu reajuste.
- O corpo docente do magistério foi objeto de reajustes de 9,45%, 3,62% e 6,27% durante os anos fiscais de 2023 e 2024.
- Nos biênios de 2018 e 2019, o alto escalão do Poder Judiciário teve seus subsídios reajustados em conformidade com uma alteração normativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que provocou um subsequente efeito “cascata”.