“Não temos uma previsão de reajuste”, diz novo secretário de Segurança do RS sobre salários

Coronel Mario Ikeda comentou a futura gestão em entrevista ao “Atualidade”, um dia depois de ser anunciado no cargo

Beatriz Coan GZH

Os trabalhadores da Segurança Pública do Rio Grande do Sul entrarão no ano de 2026 sem perspectiva de reajuste salarial. Segundo o novo secretário estadual, coronel Mario Ikeda, não há previsão de incremento nos vencimentos, que depende de diversos fatores.

Um dia depois de ser anunciado para o cargo, Ikeda destacou em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (17), que o governo está em regime de recuperação fiscal e que reajustes dependem do valor da arrecadação. Ele também comentou que esta demanda é sujeita a negociações com a Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

— Acho justo que todos os servidores busquem uma melhoria salarial, mas também as questões de governo devem ser entendidas e são analisadas — explicou Ikeda ao programa Atualidade.

O coronel da Brigada Militar também afirmou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) está sempre aberta para receber as solicitações das associações e encaminhar as demandas.

Combate ao feminicídio

Ikeda, que já atuava como secretário adjunto, assumiu o comando da pasta na quinta-feira (16), após Sandro Caron entregar o cargo para atuar na iniciativa privada. O coronel foi secretário de Segurança de Porto Alegre entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2023, quando tornou-se secretário adjunto estadual, e deve dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito desde 2019 por Caron.

Além de reafirmar a intenção de manter a integração entre as forças de segurança, a troca de informações de inteligência, o investimento e a redução dos indicadores, o novo secretário destacou que um dos focos da sua gestão está no combate ao feminicídio.

— Acho que este é um grande desafio, mas estamos trabalhando. Acredito que hoje já temos mais de 500 agressores monitorados e esse monitoramento vem trazendo bastante resultado. Nós já temos mais de cem prisões ao longo deste ano de pessoas que violaram a medida protetiva. São providências que, acredito, atendam as demandas que estão surgindo — comentou Ikeda.

O coronel acrescentou como objetivo a ampliação de espaços para que as vítimas de violência doméstica busquem ajuda. Atualmente, no Estado, é possível fazer registro de ocorrência e pedido de medida protetiva sem sair de casa, por meio da internet.

Ouça a entrevista na íntegra

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