Sartori quebra silêncio sobre polêmicas de mandato e garante Segurança Pública sob controle

Governador falou à TV Record, no início da tarde desta sexta. Foto: Foto: Tarsila Pereira/CP
Governador falou à TV Record, no início da tarde desta sexta. Foto: Foto: Tarsila Pereira/CP

Governador minimizou corte de horas extras e frisou que ataques a banco não tiveram reféns ou casos de morte

O governador José Ivo Sartori concedeu entrevista ao Grupo Record e quebrou o silêncio, no início da tarde desta sexta-feira, sobre as polêmicas que marcaram o início do mandato. Ele garantiu, ainda, que a Segurança Pública está sob controle.

De acordo com José Ivo Sartori, os atuais índices de violência melhoraram em relação ao ano passado, mesmo com os crescentes ataques a bancos com o uso de explosivos. “Nós temos números que indicam que estamos melhores do que em outras ocasiões. Há uma contradição nos assaltos a bancos, já que as ocorrências que registramos não envolvem reféns ou casos de morte – e isso seria pior. As duas quadrilhas que usavam maçaricos e eram de Santa Catarina já foram presas”, amenizou.

Sartori revelou o montante economizado com os cortes de gastos, entre eles as horas extras na Brigada Militar, diárias e a diminuição do número de cargos de confiança. “Nesses cem dias o Estado tem se diligenciado para reduzir os custos internos e a previsão, até o momento, é de uma economia que já atinge R$ 120 milhões. Mas essa quantia é um grão de areia diante do déficit de R$ 5 bilhões e de algum lugar o dinheiro tem que sair”, adiantou.

A polêmica criada pela extinção da Secretaria da Mulher, que ganhou força com a criação de uma secretaria destinada à primeira dama, também foi comentada. A interpretação é de que houve um enxugamento no primeiro escalão. “Nós diminuímos de 30 Secretarias para 20 e a minha esposa poderia ganhar muito mais como deputada, então não há incoerência nenhuma. A política para as mulheres permanece e foi acoplada na Secretaria da Justiça e Direitos Humanos.

A viagem de helicóptero para a festa de aniversário do vereador Idenir Cechim, do PMDB, no litoral Norte, também foi comentada. A atitude gerou críticas em vista da contradição entre o cenário de economia e o pagamento do aluguel de um helicóptero. “Sou governador 24 horas por dia, quem me conhece sabe como eu sou. Fui à abertura da colheita do arroz, em Tapes. O helicóptero do governo estava estragado e foi locada outra aeronave por R$ 13 mil. Foi isso o que aconteceu, também fui de encontro à minha família e a outros compromissos oficiais”, ponderou.

O governador foi questionado, ainda, sobre o fim do contrato de serviços de ambulância em rodovias atendidas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Ele disse que todos os contratos estão sendo revistos e que a situação é resultado da desativação dos polos de pedágio, que transferiu aos municípios a responsabilidade de disponibilizar as ambulâncias para os atendimentos na malha estadual. “O governo irá fazer a sua parte e a EGR terá que encontrar outra forma para atender às necessidades”, disse.

A entrevista do governador foi concedida, ao vivo, durante o programa Balanço Geral, da TV Record. Sartori ainda negou privatizações, mas admitiu a implementação de Parcerias Público Privadas no Rio Grande do Sul.

Fonte:Voltaire Porto / Rádio Guaíba
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