Acostumado a lidar com casos de violência urbana em seu dia a dia profissional, o tenente da Brigada Militar Geraldo Koloski Peixoto, 50 anos, lotado no 19º BPM, foi morto com dois tiros em uma tentativa de assalto, no Jardim Planalto, Zona Norte da Capital, na tarde de sexta-feira. O autor do crime teria fugido em um Corsa branco, juntamente com outro homem.
O assalto ao tenente ocorreu por volta das 16h, na Rua Rubens Rosa Guedes, junto à Praça Miguel Anibal Genta. Ele chegou ao local na companhia de um amigo e duas mulheres, em uma caminhonete Captiva, que, segundo a polícia, seria o alvo dos ladrões.
— Eu que estava dirigindo, mas desci para ir no apartamento da minha mãe e pedi para que ele manobrasse a caminhonete. Quando ele desceu, levou os tiros — contou o amigo, que pediu para não ser identificado.
Leia outras notícias de polícia
Pelo que foi apurado pela polícia, após manobrar a caminhonete do amigo, Geraldo saiu do veículo e imediatamente foi abordado por um dos assaltantes. “Perdeu, perdeu”, teria dito o criminoso, segundo testemunhas.
O tenente, que não estava de serviço e vestia trajes civis, portava um revólver na cintura e teria esboçado uma reação. Porém, foi atingido por dois tiros no peito e morreu no local. O assaltante, então, mesmo sem levar nada, correu até a esquina com a Rua Paulo Blaschke, onde um comparsa o aguardava em um Corsa branco.
A ocorrência foi atendida por colegas de Geraldo lotados no 20º BPM e por policiais da 14ª DP, que deverão ficar encarregados das investigações, por se tratar de um caso de latrocínio (roubo com morte). Ainda no local, o comissário Eduardo Cabral e o delegado Cléber dos Santos Lima começaram a receber informações. Moradores de condomínios próximos falaram em pelo menos outros dois assaltos praticados recentemente por ocupantes de um automóvel com as mesmas características do carro utilizado na tentativa de roubo ao tenente.
O tenente Geraldo Coloski Peixoto havia sido transferido para o 19º BPM há cerca de duas semanas, e trabalhava na área administrativa do batalhão. Antes, estava lotado no Hospital da Brigada Militar. Morador de Porto Alegre, era casado e tinha filhos.
* Diário Gaúcho