Outras categorias já decidiram voltar ao trabalho em operação-padrão, a partir de amanhã
Uma reunião marcada para as 17h desta segunda-feira, na Capital, pode determinar a retomada da greve na Segurança Pública do Rio Grande do Sul, além de novos protestos, a partir de amanhã. Os policiais militares e civis, agentes penitenciários e funcionários do IGP (Instituto Geral de Perícias) suspenderam a paralisação na última sexta-feira e, desde o início do feriadão, vêm mantendo atividades normais. Apesar de protestos e redução de equipes nos desfiles cívico-militares de hoje, não há registros de bloqueios que afetem o policiamento desde o final da semana passada.
Os servidores da Segurança estão divididos sobre acompanhar ou não a decisão dos professores, que já anunciaram a suspensão das aulas em escolas públicas do Estado até a próxima sexta-feira (11). A data é a previsão do governo do Estado para pagar a segunda parcela dos salários de agosto, de mais R$ 800 acrescidos aos R$ 600 pagos no dia 31. Conforme o presidente da Amapergs (Sindicato dos Servidores Penitenciários da Susepe), Flávio Berneira, se a decisão não for da maioria, os demais trabalhadores poderão, por enquanto, recuar.
“Existe uma disposição de estender a greve até o dia 11. No entanto, também existe uma preocupação em manter a unidade entre as entidades da Segurança Pública. É preciso que esta disposição que eu tenho percebido na Susepe também se estenda às demais categorias, para que a gente possa manter a unidade. Se não for para que se faça uma greve conjunta, eu até acho que não seria conveniente, neste momento, a retomada da greve”, afirmou.
Entre as outras cerca de 40 categorias do serviço público estadual, a orientação oficial é por voltar ao trabalho, a partir de amanhã, mantendo uma operação-padrão — segundo o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS (Fessergs), Sérgio Arnoud. A partir das 10h, representantes do movimento unificado dos servidores pretendem percorrer gabinetes de deputados na Assembleia Legislativa gaúcha, para pressioná-los a votar contra novas medidas de contenção financeira encaminhadas pelo Executivo.