Editorial ASSTBM 79 anos – Você pode desconhecer ou simplesmente ignorar nossa luta, mas não creia num futuro melhor, sem ter quem o defenda!

No momento em que completamos 79 anos, marcando proximidade das 8 décadas de atividade da ASSTBM, faz-se necessária algumas reflexões sobre a atividade classista e o envolvimento da categoria neste assunto.

O baixo engajamento dos militares ativos.

As principais conquistas classistas foram obtidas no passado com muita luta e empenho de todos, e foram muitas, tais como: promoções, risco de vida, RDBM e o direito de defesa, exclusão somente por ato do governador e tantas outras que não caberiam neste editorial. Essas conquistas são marcantes para nossos veteranos, que viveram tempos obscuros antes delas, mas parecem irrelevantes para a maioria da Ativa, que já entrou na corporação tendo esses direitos garantidos, sem considerar a árdua luta para conquistá-los.

As incorporações mais recentes têm na memória os fatos da ultima década, onde governos sucessivos, elegeram servidores como vilões e destes passaram a sacar direitos e garantias, outrora conquistados.  Não obtivemos avanços, mas a luta classista foi ainda maior, agimos nos bastidores para impedir que mais fosse nos retirado. Esse trabalho se equipara a um saneamento de uma cidade, essencial, mas invisível.

Está mais do que na hora de TODA a categoria (Ativos e Inativos) assumir um papel mais atuante na luta pela sua dignidade e principalmente pelo seu futuro, este cheio de incertezas, não só no RS mas no Brasil.

A Proliferação de Entidades

Seguidamente surge aquele comentário em redes sociais, de que são sempre as mesmas entidades a sentarem na mesa de negociação do governo e comando, cabe aqui ressaltar que quem chama para a negociação é a autoridade que tem um critério técnico para isso, olham a folha de pagamento e quantos associados cada entidade representa e as chama com base na representatividade destas. Simples!

Destacamos nossa parceria de longa data com as demais entidades, e sempre quando nos cabe esta deliberação, as chamamos para compor forças. Não nos opomos a criação de entidades, isto é um ato livre, que grupos de servidores tem o direito de fazer, e toda a agremiação que é feita para lutar pelo bem comum, é bem-vinda.

Por outro não reconhecemos “pseudo-entidades” que só existem nas redes sociais, que não tem regras claras, não tem eleição democrática, não tem sede, nem pessoa jurídica que responda pelos seus atos. Não passam de uma “junção” de pessoas descontentes com uma administração, mas incapazes de submeter seus nomes a um pleito democrático, agem exclusivamente para denegrir o trabalho sério feito pelas entidades legítimas. Estas ditas lideranças, só existem em grupos de redes sociais, mas não são figuras vistas quando a ação exige o engajamento real.

Cabe a categoria não dar engajamento e esse trabalho destrutivo e maléfico aos interesses coletivos.

A relação com o Comando e Governo

A base da relação institucional da entidade é o DIÁLOGO, pois a história e a experiência nos mostram que a negociação sempre obtém melhores resultados.  Porém, assim como no passado, jamais nos furtaremos ao embate, se a intransigência imperar do outro lado. Nosso ÚNICO propósito é a defesa intransigente dos direitos e garantias dos policiais e bombeiros do RS.

Não temos proximidades com nenhuma corrente política, seja qual for ela, o que nos interessa é as propostas que serão feitas para nossa categoria, se boas vamos apoiar, se ruins, vamos combater.

O ano de 2025

Nosso trabalho para o ano que se inicia, está focado na implantação, que é impositiva, da Lei Orgânica Nacional. Ainda acreditamos na iniciativa do comando e governo neste sentido, mas não ficaremos na espera, estamos agindo em todos os vieses possíveis, político e jurídico.

Na questão salarial, além da luta contra absorção dos reajustes na parcela de irredutibilidade, estamos na luta para que o desconto previdenciário dos inativos acima do teto do Regime Geral de Previdência seja revisto, e as perspectivas são boas com base na ação que está correndo no STF.

O Ano de 2026 e a busca de representação política.

Ninguém mais do que nossas lideranças sentem na pele a falta de representação política no parlamento gaúcho, pois a cada demanda, são obrigados a bater na porta dos representantes das outras categorias, que muitas vezes ajudam, mas não tem nenhum compromisso com quem não os elegeu.

Acreditamos que é chegada a hora das entidades de classe tomarem a frente desta questão e buscar a escolha objetiva, de quem ou quais serão os candidatos com melhor chance de êxito no pleito, e assim trabalharmos JUNTOS para a eleição dos mesmos. Esse assunto será amadurecido ao longo do ano de 2025, com ampla participação de TODOS, nossa deliberação será sempre pela decisão da maioria e de forma transparente, ao contrário de outras iniciativas mal sucedidas em que não tiveram critérios transparente e democráticos para esta demanda.

Por fim, reforçamos nosso compromisso de trabalho pela nossa categoria, nas ações classistas e avanços ainda maiores em nossas estruturas aos associados, a principal razão de existência da ASSTBM que ruma aos oitenta anos.

Aparício Santellano – Presidente Estadual da ASSTBM

NOVAS IDÉIAS, NOVAS ATITUDES, NOVA ASSTBM!

“Pelo Poder da vontade e não pela vontade do Poder”

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