Entidades sindicais irão recorrer à Justiça para barrar parcelamento

Foto: Vinicius Reis | Agência ALRS
Foto: Vinicius Reis | Agência ALRS

Pedidos de liminar foram acatados pelo Judiciário em março

Assim que o Piratini divulgou o parcelamento dos salários de maio, entidades representativas dos servidores públicos iniciaram duras críticas ao governo gaúcho. As decisões judiciais, obtidas em março, são vistas como a esperança das categorias. A Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs) obteve liminar e, de acordo com a entidade, todos os trabalhadores vinculados ao Estado estão cobertos pela decisão.

“Nós pedimos audiência junto à Casa Civil para discutirmos essa situação, mas não fomos atingidos. O funcionalismo reage com indignação à decisão”, afirma o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud. Ele destaca que a entidade vai cobrar a multa de R$ 50 mil definida pelo Judiciário por dia de atraso no pagamento dos trabalhadores.

Os trabalhadores vinculados à Brigada Militar e à Polícia Civil conseguiram, através dos sindicatos que os representam, liminares para que o parcelamento não os atinja. Segundo a Associação dos Sargentes, Subtenentes e Tenentes da BM, Aparício Santellano, reclama que os cortes, historicamente, atingem os servidores vinculados ao Executivo.

“Um governo vai mal quando não prioriza a segurança”, diz.

O Cpers-Sindicato, que representa os professores gaúchos, não possui liminar. O pedido foi realizado em março, assim como as demais categorias de servidores, mas a Justiça afirmou que o valor de corte de um possível parcelamento não atingiria os docentes. A entidade recorreu e aguarda o julgamento.

“Recebemos hoje 48% do que deveríamos ganhar se o piso do magistério fosse obedecido”, afirma a vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho. Ela diz que a entidade chegou a encaminhar pedido de reajuste de 13,01% – o mesmo aplicado ao piso em 2015, mas não acredita que a reivindicação será, ao menos, discutida.

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, em reunião com sindicatos de servidores estaduais em abril, o Piratini precisa de cerca de R$ 1,8 bilhão mensais para o pagamento do funcionalismo.

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