Fessergs planeja novas paralisações e fala que Piratini mantém crise ‘artificial’

17551732Entidade lembrou que Judiciário já disponibilizou uso de depósitos judiciais e governo ‘não aceitou’

A Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs) mantém apreensão com a possibilidade de que o pagamento de salários do funcionalismo estadual volte a atrasar, no fim do mês. Na tarde da próxima segunda-feira, a Fessergs vai se reunir com outras entidades sindicais para discutir medidas de pressionar o governo em caso de atraso ou parcelamento. Os servidores já alertaram que, se o Estado não fizer o pagamento integral, serão pelo menos quatro dias de paralisação, entre o fim de agosto e o início de setembro. O presidente da Fessergs, Sergio Arnoud,  deixa claro que as atividades serão totalmente suspensas caso se confirme que o Estado só vai conseguir pagar em dia valores inferiores a R$ 1 mil.

“Nós recebemos essa situação com muita apreensão. E vamos paralisar totalmente nossas atividades se isso for verdade. Isso é um desrespeito aos servidores e suas famílias. Achamos isso inadmissível. O governo do Estado está mantendo essa situação artificialmente, pois até a Justiça já disponibilizou dinheiro dos depósitos judiciais, mas o governo não aceitou, mantendo uma situação de caos no serviço público do Rio Grande do Sul”, apontou.

Arnoud se refere à possibilidade de elevar, de 85% para 95% o limite do uso da verba depositada em juízo, o que garante, de imediato, cerca de R$ 1 bilhão – o equivalente à folha salarial de um mês. Ainda assim, o Piratini evita tomar a medida, alegando que o juro pago hoje é elevado. Coube a partidos de oposição protocolar, na Assembleia, um projeto nesse sentido. Já o Tribunal de Justiça ofereceu socorro emergencial e, além de não se opor à elevação do teto, reduziu os juros pela metade.

Após três dias de paralisação na última semana, em protesto contra o parcelamento dos salários, a Fessergs informou que os servidores permanecem em Estado de greve. Em julho, o governo de José Ivo Sartori não pagou integralmente em dia os salários do funcionalismo. Valores acima de R$ 2.150 só foram totalmente pagos no dia 11 de agosto.

Fonte:Rádio Guaíba
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